segunda-feira, 6 de agosto de 2007

POSSÍVEL REAJUSTE / PANO MULTI-USO

São Paulo, 12 de junho de 2007

Prezados Senhores:


Em razão do expressivo reajuste de 45% à 50% no preço da Celulose - Commoditie Mundial empregada na produção de Fibras, Filamentos de Viscose (Rayon), Fios e Malhas de Viscose e PV, a Vicunha está em fase de negociação com seus fornecedores, motivo pelo qual vê-se impossibilitada de definir o real impacto nos custos de seus produtos.

Assim é que, até que seja firmado acordo final de preços, estamos suspendendo provisoriamente a emissão de pedidos de vendas programadas.

Ressaltamos o compromisso desta Cia. em honrar com todos os pedidos emitidos até a presente data .

Por fim, no que diz respeito ao abastecimento futuro (novos pedidos), não temos problema de suprimento de matéria prima ou de produção em nossas fábricas que o afetem, tratando-se o presente evento única e exclusivamente de dificuldade momentânea na definição dos novos preços a serem praticados.

Contamos com a compreensão e colaboração de todos.

Atenciosamente,

VICUNHA TÊXTIL S/A
Jocimar Faé


Comunicado à imprensa

Caro Jornalista,


Em razão do expressivo reajuste de 45% no preço da commodity Celulose Solúvel, a Associação Brasileira das Indústrias de Não tecidos e Tecidos Técnicos (Abint) alerta que os fabricantes de não tecidos de viscose e de poliéster/ viscose, não suportarão os reflexos de tal aumento de custos.

A Abint comunica que poderá haver redução na produção nacional destes não tecidos, demissões, entre outras conseqüências negativas para esta cadeia produtiva.

Utilizada na produção de Fibras de Viscose, Filamentos de Viscose, Fios e Malhas de Viscose e Mescla de Poliéster e Viscose (PV), a celulose solúvel é fornecida somente por uma empresa no Brasil.

A composição dos custos na produção das viscoses acima mencionadas é de:

- 50% celulose solúvel;

- 50% entre soda líquida, energia, insumos adicionais e mão-de-obra.

A Abint ressalta que o repasse para os produtores de não tecidos seria de 25%, equivalente hoje a absurdas sete vezes o INPC apurado dos últimos doze meses (3,57%), e a quase seis vezes o índice projetado para 2007 (4,5%).

Este intolerável nível de aumento ameaça seriamente a saudável continuidade dessa indústria no Brasil.

Atenciosamente,
Diretoria da Abint

Informações adicionais para a imprensa

Favor contatar Yellow Comunicação
Tel. (11) 3061 4074
Bruno Pedroni – (11) 8365-5939
Roberta Provatti – (11) 9652-4661



O que é não tecido?

Trata-se de uma estrutura plana, flexível e porosa, constituída de véu ou manta de fibras ou filamentos. Podem ser divididos em duráveis (como revestimento interno de automóveis, base de carpete, indústria calçadista, indústria moveleira, geotêxtil, coberturas agrícolas, entretelas para confecção, por exemplo), semi-duráveis (panos de limpeza) e descartáveis (absorventes femininos, fraldas, lenços umedecidos, acessórios e artigos para a área odonto-médico-hospitalar.

Participação dos nãotecidos por segmento de aplicação:

1) Duráveis: 60%
- Calçados: 9%
- Construção Civil / Geotecnia: 8%
- Panos de Limpeza (semi-duráveis): 5%
- Filtração: 3%
- Automotivo: 2,5%
- Outros (agricultura, embalagens, confecção, carpetes, etc.): 32,5%

2) Descartáveis: 40%
- Higiênicos (fraldas e absorventes femininos): 34%
- Lenços umedecidos: 4%
- Odonto-médico-hospitalar: 2%

São consolidados por processo mecânico (fricção) e/ou químico (adesão) e/ou térmico (coesão) e combinação destes processos. As fibras/filamentos podem ser artificiais (viscose, vidro, silicone), naturais (lã, algodão, coco, sisal), ou sintéticos (poliéster, polipropileno, poliamida, polietileno).

O que é tecido técnico?


Os tecidos técnicos são produtos com performance muito bem determinada, para fins técnicos específicos, visando praticidade, segurança, economia e durabilidade definida. São constituídos de fibras, fios ou filamentos sintéticos ou artificiais. Os tecidos técnicos têm como exemplos de aplicativos finais os big-bags, lonas arquitetônicas e de decoração, lonas de proteção para cargas, lonas para piscina infantil, aqüicultura, cintos de segurança, filtros, compósitos para coletes e blindagem de veículos, barreiras infláveis e contentores de poluição marítima, air bags, roupas de segurança, esteiras e cintas de amarração e de elevação, e outros mais. Assim, os tecidos técnicos têm esta denominação porque, necessariamente, possuem uma performance técnica definida e bem diferente da dos tecidos utilizados nos seguintes quatro segmentos: cama, mesa, banho e vestuário.

Sobre a Abint


A Associação Brasileira das Indústrias de Não tecidos e Tecidos Técnicos (Abint) é uma entidade que representa os interesses de seus associados em todas as esferas de relacionamento, trabalhando para defender os interesses gerais do setor, buscando via competitividade, tecnologia e recursos humanos, promover o desenvolvimento e o crescimento do mercado de não tecidos e tecidos técnicos no Brasil.
A Associação também atua em conjunto com seus associados na divulgação dos não tecidos e tecidos técnicos, e de suas inúmeras atuais e potenciais aplicações. Participa de forma efetiva na coordenação e elaboração de normas técnicas, buscando a qualidade e incentivando o ensino e a formação de profissionais para o setor.

Visite o site da Abint: www.abint.org.br

Dados do Setor


A indústria brasileira de não tecidos e tecidos técnicos representa um faturamento de mais de US$ 1 bilhão por ano.
O Brasil é um dos mercados com maior potencial de crescimento de consumo. Atualmente, o consumo per capita de não tecidos é de aproximados 0,82 kg/hab/ano. Para se ter uma idéia, nos Estados Unidos o consumo gira em torno de estimados 4 kg/hab/ano.
O segmento é responsável por 20 mil empregos diretos e dezenas de milhares indiretos.
O Brasil conta com cerca de 200 empresas de não tecidos e tecidos técnicos.
O setor de não tecidos investiu cerca de US$ 200 milhões nos últimos cinco anos em tecnologias de última geração. É previsto investimento de US$ 140 milhões para os próximos dois anos.
O consumo interno de não tecidos está estimado em cerca de 154 mil toneladas anuais e de 245 mil toneladas para tecidos técnicos.